quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mulheres acima de 40 anos já podem fazer mamografia pelo SUS

Brasília - A partir desta quarta-feira, todas as mulheres com mais de 40 anos podem fazer o exame da mamografia gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), com o início da vigência da Lei nº 11.664 de 2008. Pela legislação anterior, a rede pública de saúde apenas assegurava a realização do exame para aquelas acima dos 50 anos.

Outra mudança prevista na lei é que as mulheres com diagnóstico de câncer de mama passam a ter direito a assistência integral no SUS, o que inclui prevenção, detecção, tratamento e controle da doença. Antes, a assistência só ia até a fase de detecção.

Para comemorar as mudanças, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) promove hoje em Brasília, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Salvador uma série de ações para alertar o público feminino sobre a luta contra a doença. Ao longo do dia, serão entregues nessas cidades 23 mil rosas com um cartão informativo sobre a nova lei.

"Esse é um momento rico para quem está lutando tanto para receber esse olhar do governo. Nós mostramos que temos uma solução, que é conscientizar os as mulheres que elas precisam se cuidar mais. Estamos chegando a um denominador comum, salvar mais vidas dessa doença mortal", destacou a presidente da federação, Maira Caleffi, que participou de uma caminhada em Brasília, pela Esplanada dos Ministérios.

Segundo a Fenama, uma em cada três mulheres teve, tem ou terá algum tipo de câncer e uma em cada dez desenvolverá câncer de mama. Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), indica que no Brasil morrem por ano 10 mil mulheres vítimas da doença.

"Esse tipo de atitude (a caminhada) é muito importante para reunir esforços e mostrar como estamos felizes com a nova lei. Já realizo o exame preventivo periodicamente e agora posso ficar tranqüila pois posso fazê-lo gratuitamente", disse a aposentada Maria Oriente Leite.

No Rio, as manifestações ocorrem na Cinelândia, em São Paulo, na avenida Paulista, e em Salvador, no Largo Campo Grande.

Aposentados livres do Leão

Projeto aprovado no Senado prevê isenção total do Imposto de Renda a partir dos 70 anos na faixa salarial até R$ 3.800. Medida é extensiva a pensionistas e militares reformados ou transferidos à reserva remunerada

POR LUCIENE BRAGA, RIO DE JANEIRO

Rio - Aposentados e pensionistas de todos os regimes previdenciários do País e militares reformados ou transferidos à reserva remunerada podem ficar isentos do Imposto de Renda a partir dos 70 anos. É o que prevê projeto aprovado ontem na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado em caráter terminativo — a proposta seguirá agora direto para apreciação na Câmara. A medida só é válida até a faixa de rendimento de R$ 3.800.

O texto estabelece descontos progressivos no pagamento do IR a partir do momento em que aposentados e pensionistas completam 66 anos — as vantagens crescem ano a ano até chegar à isenção total. Apresentado pelo senador Efraim Moraes (DEM-PB), o projeto prevê cinco faixas de progressividade de isenção: de 20%, a partir do mês em que o contribuinte completar 66 anos; 40%, a partir de 67; 60% aos 68 anos; 80% quando atingir 69 anos; e, finalmente, isenção total a partir do momento em que completar 70 anos.

Segundo a legislação vigente sobre Imposto de Renda (Lei 7.713/88), a isenção para os contribuintes a partir dos 65 anos é calculada com base nas mesmas tabelas progressivas mensais para o desconto dos trabalhadores da ativa — atualmente, os idosos só pagam IR sobre a parcela que excede a R$ 1.434,59, faixa mensal de isenção estabelecida pela Receita Federal.

O projeto aprovado na CAE estabelece que a desoneração passa a ser calculada com base em percentual de acordo com a idade do aposentado. Na avaliação do senador Efraim Moraes, a atual isenção é insuficiente diante dos altos custos de manutenção da saúde para quem chega à terceira idade.

“A inovação que a proposta traz é a gradação. A partir de 66 anos, acompanhando o fato de que cada vez mais se torna onerosa a assistência à saúde, a isenção aumenta gradualmente até se tornar integral aos 70 anos”, justificou.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Assassinos de João Hélio têm sentença mantida

Foto: Reprodução Arquivo Pessoal
João Hélio foi morto em 7 de fevereiro de 2007
Rio - A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio manteve nesta terça-feira, a sentença contra os quatro envolvidos na morte do menino João Hélio Fernandes Vieites, cujo corpo foi arrastado por ruas da Zona Norte do Rio, em 7 de fevereiro de 2007. Por unanimidade, os desembargadores rejeitaram o recurso de apelação de Diego Nascimento da Silva, Carlos Eduardo Toledo Lima, Carlos Roberto da Silva e Tiago Abreu Mattos.

Em 30 de janeiro do ano passado, o grupo foi condenado pela 1ª Vara Criminal de Madureira, Rio de Janeiro, a penas que vão de 39 a 45 anos de prisão em regime fechado. Ao recorrerem da sentença, os advogados dos acusados alegaram haver nulidades no processo, como o cerceamento de defesa de seus clientes, suspeição da juíza que julgou o caso e a ausência de fundamentação da sentença.

Tentaram ainda desclassificar a imputação de crime de latrocínio, roubo seguido de morte, para roubo simples. Todos os pedidos, porém, foram julgados improcedentes.

De acordo com o relator do processo, desembargador Francisco José de Asevedo, o pedido da defesa para absolvição dos réus, sob o argumento de uma suposta falta de provas, é absurdo e sem fundamento. Segundo o relator, não há a menor dúvida da participação de todos os acusados no crime. Da mesma forma, o desembargador classificou de infundada a suspeição levantada contra a juíza Marcela Assad Caran, que proferiu a sentença. "A pena foi devidamente aplicada e não há nenhuma retificação a fazer", disse.

domingo, 26 de abril de 2009

Oito alimentos que você deveria consumir sempre

Especialistas ressaltam qualidades de vegetais e do iogurte, que podem prevenir câncer e doenças cardíacas, entre outros males

POR MARIANA MULLER, RIO DE JANEIRO

Rio - Há oito alimentos que todos deveriam consumir diariamente para garantir um sistema imunológico resistente. É o que garante o livro ‘Eat This, Not That’ (‘Coma Isso, Não Aquilo’), sucesso nos EUA, que enumera os benefícios de espinafre, iogurte, tomate, cenoura, nozes, aveia, blueberry e feijão preto. Os resultados são ainda melhores se os alimentos listados forem acompanhados de carnes ‘light’, como peixes ou peito de peru.

A blueberry, que não é fácil de encontrar no Brasil, pode ser substituída por outras frutas, como cereja, amora e açaí, diz a nutricionista do Mundo Verde, Thais Prata. “Esses itens fornecem importantes nutrientes ao organismo”, afirma. A inclusão deles na dieta com regularidade auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares, alguns cânceres, osteoporose, anemia, hipertensão e problemas intestinais, entre outros.

“O espinafre, por exemplo, tem luteína, que age na retina, prevenindo degeneração ocular e até catarata”, diz a nutricionista da Contours, Daniele Ferreira. “O mesmo espinafre tem outra substância, o folato, que diminui em quase 90% as chances de desenvolver doenças cardíacas”, revela.

Segundo a coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade de Dermatologia do Rio, Maria Paulina Kede, outro item da lista, o tomate, além de pouco calórico é rico em licopeno, que rejuvenesce a pele. “Ele contém nutrientes que podem ajudar a proteger as células saudáveis dos danos causados por radicais livres”.

O livro ‘Eat This, Not That’ é baseado em pesquisas do editor-chefe das revistas ‘Men’s Health’ (‘Saúde dos Homens’) e ‘Women’s Health’ (‘Saúde das Mulheres’), David Zinczenko.
Como entrada para o prato acima, o chef Rafael indica caldo de feijão com cenoura frita. E, de sobremesa, mousse de blueberry com nozes e iogurte.

CARACTERÍSTICAS E QUANTIDADES

ESPINAFRE
Rico em ferro, cálcio, fósforo, vitaminas A e do complexo B, ômega 3 e folatos.
Reduz o risco de doenças cardíacas, derrame, osteoporose e problemas sexuais relacionados ao avanço da idade.
Quanto ingerir por dia: 1 xícara de espinafre fresco ou ½ xícara da verdura cozida.
Substitutos: couve ou alface romana.

IOGURTE
Contém proteínas, cálcio e ‘bactérias benéficas’.
Regulariza o funcionamento intestinal e fortalece o sistema imunológico, protegendo contra o câncer de cólon.
Quanto ingerir por dia: uma xícara de iogurte.
Substituto: iogurte feito de leite de soja

TOMATE
Tem vitamina C e licopeno, um potente antioxidante
Pode diminuir o risco de câncer na bexiga, no pulmão, na próstata, de pele e no estômago, além de reduzir problemas na artéria coronária.
Quanto ingerir por dia: 22mg de licopeno (cerca de oito tomates cereja ou um copo de suco de tomate).
Substitutos: melancia, uvas rosadas, mamão, caqui japonês e goiaba.

CENOURA
Tem fibras e betacaroteno
Boa para a saúde de cabelos, pele e olhos. Tem nutrientes associados à redução da inflamação comum a pacientes com asma e artrite reumatóide
Quanto ingerir por dia: meia xícara.
Substitutos: batata doce, abóbora, pimentão amarelo e manga.

BLUEBERRY
Antioxidantes, entre eles carotenóides, vitaminas C e E.
Previne alguns cânceres, diabetes e doenças neurológicas relacionadas à idade, além de problemas do coração.
Quanto ingerir por dia: 1 xícara da fruta fresca ou ½ xícara dela congelada ou seca.
Substitutos: açaí, uva, amora, morango, ameixa e uva passa.

FEIJÃO PRETO
Leguminosa rica em proteínas e ferro.
Combate a anemia e tem efeitos positivos sobre o funcionamento do cérebro.
Quanto ingerir por dia: ½ xícara oferece 8g de proteínas e 7,5g de fibras.
Substitutos: lentilha, fava, ervilha e outros feijões.

NOZES
Fontes de vitamina E, potássio e ômega 3.
Atua no bom funcionamento do cérebro e melhora a resistência pulmonar.
Quanto ingerir por dia: sete unidades.
Substitutos: amêndoas, amendoim, pistache, macadâmia e avelã.

AVEIA
Fibras solúveis, proteínas e carboidratos.
Diminui o colesterol sanguíneo, controla a pressão arterial e também age como regulador do intestino
Quanto ingerir por dia: meia xícara.
Substitutos: quinua, sementes de linhaça e arroz selvagem.

Tico Santa Cruz: Vida de gado

*Cantor e compositor


Na semana passada, muito se falou sobre a farra das passagens aéreas dos políticos e dos passageiros agredidos por fiscais da SuperVia. Existe uma relação bem estreita entre os casos: a covardia.

Mas não me refiro à covardia de nossos representantes ou dos agressores da estação de trem. Aponto meu olhar para o povo. A meu ver, pior do que agredir, em certos casos, é ser agredido calado, com o rabo entre as pernas, sem esboçar nenhuma reação.

Do que o brasileiro tem medo? Será ainda resquício dos militares ditadores, que desapareciam com quem ousava questioná-los? Não creio. Poucos nesse País podem dizer que enfrentaram a ditadura. A grande parte, como sempre, se comporta como gado. Precisa que alguém diga o que fazer, como pensar, para onde pode ou não ir.

No Planalto, brincam com o dinheiro público, usam e abusam de nossa passividade. Gastam até que um jornalista ou funcionário os denuncie; depois se colocam como defensores da moralidade, dispostos a reformular as regras. Depois que já chafurdaram tanto?

É ridículo! E nós estávamos onde para não cobrar uma punição severa? Estávamos na fila do ingresso do Fla x Flu, porque para isso temos tempo e disposição.

Na plataforma, o mesmo comportamento passivo. Dez homens socando, chutando e chicoteando o povo para dentro de vagões lotados e ninguém reage? Não sou a favor de violência e nem estou incitando desordem, mas tão triste quanto ser tratado de tal maneira é aceitar este tratamento calado. O que estamos esperando para exigir que sejamos respeitados como cidadãos?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Bernardo Ariston: Pesa o quanto vale?

*Deputado federal pelo PMDB

Ao mesmo tempo em que inclui na agenda de governo a discussão sobre o aumento das reservas energéticas – falando até em autossuficiência em petróleo com o início da exploração do pré-sal –, o Brasil enfrenta problemas primários na distribuição dos derivados.

O caso do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é exemplo clássico. Mais conhecido como gás de cozinha, o GLP é vendido, quase que em sua totalidade, em botijões de 13 quilos. Infelizmente, e isso não é novo, distribuidoras lesam o consumidor. Pior: a diferença no peso só é percebida em casa, quando o gás acaba antes do previsto.

Vale lembrar que a manutenção dos preços acessíveis do gás de cozinha à população depende de políticas econômicas internas e externas, o que torna o assunto um escândalo de grandes proporções. O grave, porém, é que hoje não há mecanismos de fiscalização para impedir essa prática criminosa.

Um dos primeiros projetos de lei que apresentei na Câmara dos Deputados visava à criação de legislação para o setor. Infelizmente, a proposta ainda está em tramitação. A medida é simples e não onera as empresas, que precisariam apenas de balanças para pesar os cilindros.

Elas devem informar o peso do casco vazio e do gás engarrafado. E precisariam identificar o fabricante, o número de série, o lote, a data de fabricação e o distribuidor.Os institutos de pesos e medidas estaduais fariam a inspeção das balanças. O projeto prevê multas de R$ 20 mil a R$ 100 mil.

Um país com a matriz energética do Brasil não deve permitir que a população seja lesada naquilo que tem para oferecer em quantidade e qualidade.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Falsários criam novo golpe: cobrança por telefone

www.bemparana.com.br

(Reclame Aqui 22-04-2009)

O Instituto de Proteção e Defesa dos Consumidores e Cidadãos do Brasil (IPDC), recebeu reclamações referente a telefonemas realizados por supostas “empresas de cobrança terceirizadas”. Segundo os dados do IPDC, os falsários se passam por empresas fictícias de cobrança de cheques sem fundos, terceirizadas de uma grande rede de supermercados ou identificando-se como funcionários de Cartório de Protestos do Estado de São Paulo para a cobrança de títulos protestados.

Os golpistas solicitam a quitação urgente dos supostos débitos, e explicam que estão com o cheque, mas não podem fornecer mais informações. Além disso, afirmam ao consumidor que não adianta ligar no hipermercado para pedir outras informações. O tele atendente cobra um valor baixo e de compras que foram feitas a mais de 10 anos, justamente para o consumidor não lembrar exatamente o valor da compra.

O Instituto de Proteção e Defesa dos Consumidores e Cidadãos do Brasil (IPDC) orienta aos consumidores que verifique a origem do cheque antes de emitir o pagamento a empresas de cobrança via telefone. Primeiramente, peça uma cópia do cheque por fax ou e-mail, confira os dados, ligue no seu banco e se informe com o gerente. Não confie se a empresa disser que envia o cheque após o pagamento por Correio.