Feirão promovido pela Caixa Econômica Federal, em maio, terá empreendimentos que se encaixam no pacote habitacional. Análise do crédito e valor da prestação serão na hora
POR CRISTIANE CAMPOS, RIO DE JANEIRO
Rio - Interessados no programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, lançado na semana passada, poderão contar com mais um aliado: a quinta edição do Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal. O evento será de 14 a 17 de maio, no Riocentro — quase um mês depois do programa entrar oficialmente em vigor (13 de abril). Serão vários empreendimentos de até R$ 130 mil voltados para famílias com renda de três a 10 salários mínimos (R$ 1.395 a R$ 4.650). Os juros variam de 5% a 8,16% ao ano mais TR (Taxa Referencial).
A mineira MRV adianta que lançará no feirão 1 mil unidades com valores entre R$ 51 mil e R$ 100 mil, em Campo Grande e no município de Belford Roxo. Serão apartamentos de 40 a 80 metros quadrados. O pagamento pode chegar a 30 anos. A Rossi Residencial também vai participar do evento com o lançamento de um empreendimento em Benfica. O condomínio contará com 192 apartamentos com preços até R$ 120 mil.
O vice-presidente da Caixa, Jorge Hereda, confirmou que a instituição fará, a partir de maio, feirões como sempre fez, mas agora focados nesse programa. Serão 10 feirões e 55 feiras em todo o País. “Lá também vai ser uma boa oportunidade do cidadão receber informações e até mesmo comprar sua casa”, prevê Hereda. Segundo o ministro das Cidades, Marcio Fortes, os imóveis que fazem parte do pacote são os que estão sendo construídos ou ainda serão lançados. Unidades usadas não estão incluídas. “Nosso objetivo é gerar emprego e renda para aquecer a economia brasileira”, afirma o ministro.
A construtora Tenda reforça o time das empresas com empreendimentos que se adequam ao pacote do governo. A Tenda, que atua no segmento econômico com imóveis para famílias com salários entre quatro e 10 salários mínimos (R$ 1.860 a R$ 4.650), vai levar 2.700 unidades para o feirão da Caixa. São imóveis de R$ 50 mil a R$ 130 mil em bairros como Realengo, Irajá, Madureira, Jardim América e Santa Cruz, além dos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói e Campos.
“As construtoras que são realmente voltadas para a população de baixa renda, como a Tenda, vão poder mostrar agora todo o seu potencial e cumprir o seu papel”, afirma o presidente Carlos Trostli.
O operador de máquinas Jacson Cortinhas da Silva, 24 anos, trabalha em um canteiro de obras e sonha em comprar uma casa de R$ 40 mil. Ele recebe por mês R$ 1.300 e paga de aluguel R$ 250 por um imóvel em Santa Cruz. “Preciso dessa ajuda do governo para deixar o aluguel”, conta Silva.
Mercado para pequenas e médias
As medidas anunciadas pelo governo no pacote habitacional prometem movimentar o mercado imobiliário. A construtora Enes projeta crescimento ainda maior para 2009. A empresa prepara o lançamento de empreendimento em Campo Grande, que vai favorecerá os consumidores na faixa entre 5 e 10 salários mínimos (R$ 2.325 a R$ 4.650). “Creio que o mercado vai voltar a crescer como um todo, já que as grandes construtoras de capital aberto devem se direcionar para o segmento econômico, abrindo espaço para as pequenas e médias construtoras focarem nos empreendimentos para a classe média”, afirma Leonardo Enes, presidente do grupo.
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