Nova Iorque - Um grande passo em busca do ideal no terreno da alimentação com sabor e baixa gordura pode tornar-se realidade, segundo o site do periódico americano USA Today. A produtora de grãos americana, Pioneer Hi-Bred, afirma ter desenvolvido grãos de soja geneticamente modificada que produzem um óleo capaz de realizar frituras livres de gorduras trans por possuir alto teor de ácido oléico.
A maioria dos óleos de soja precisa receber injeção de hidrogênio para manter a estabilidade sob altas temperaturas. O processo, chamado de hidrogenação, acrescenta gorduras trans aos óleos. A exceção é óleo de soja com baixa quantidade de ácido linolênico, que é o que provoca a degradação do óleo no calor. A redução do ácido linolênico tem produzido um óleo que pode permanecer estável durante duas a três horas.
O novo óleo que possui grande quantidade de ácido oléico - levaria a uma próxima etapa. O ácido oléico iria bloquear totalmente a desestabilização do ácido linolênico.
A Johnson - empresa com base no estado americano de Iowa que é a segunda maior produtora de sementes híbridas para a agricultura - realizará testes com a soja para determinar se estas alegações são verdadeiras. Se assim for, então o as lanchonetes e fast foods podem considerar seus hamburgers e batatas fritas muito mais saudáveis.
"Óleos com 0% de gordura trans são realmente saudáveis", afirma o médico cardiologista David Lemon, em entrevista ao periódico. "A dieta americana normal contém 3% de gorduras trans, e o percentual recomendado é de 1% ou menos", complementa.
Menos gorduras trans já na próxima safra
Segundo o USA Today, os americanos consomem cerca de 15 bilhões de litros de azeite por ano. Até 40% dele é hidrogenado, o que significa alto teor de gorduras trans.
A Food and Drug Administration (FDA), órgão responsável por regulamentar produtos alimentícios e medicamentos nos Estados Unidos, tem feito cada vez mais exigências em relação à diminuição da quantidade de gorduras trans nos alimentos. Isto porque pesquisas mostram que as gorduras trans provocam aumento do chamado "mau colesterol" no sangue, o que pode levar a doenças cardíacas.
A nova soja da Pioneer já foi aprovada pela FDA e agora a empresa espera obter também a aprovação do Departamento de Agricultura dos EUA para começar a vender as sementes para o plantio da próxima safra.
sábado, 18 de abril de 2009
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