Designer e colaborador do Instituto Millenium
Rio - Informalidade: o socialista e o liberal são contra. O primeiro porque quer inserir na marra qualquer um dentro do sistema, transformando o Estado numa instituição tão rotineira quanto o café da manhã de cada dia.
Por sua vez, o liberal acha que o modo de um camelô entrar na legalidade é a existência de uma jurisdição palatável, deixando o trabalho livre sob a proteção do governo, e não fazendo dele a sua primeira vítima.
Inexistem, claro, o liberalismo perfeito e o estatismo total, mas claramente os que prezam pela responsabilidade pessoal e por aflorá-la em sociedade buscam se aproximar do modelo que respeite ao máximo a individualidade de cada um, o que implica aceitar como lícitas atividades em que todos os envolvidos são adultos respondendo por si, comerciais ou não.
O resultado disso serão cada vez mais iniciativas, mais escolhas, mais criatividade, mais trocas, uma riqueza de empreendimentos.
Infelizmente, o penúltimo recurso do esquerdista, o verdadeiro reacionário, será intitular qualquer exuberância dos gêneros de vida como baderna. E, finalmente, ele agirá como um colonizador francês disposto a civilizar a carimbadas os bárbaros de sua própria terra, seja clamando por justiça social (atropelando-nos com injustiças individuais generalizadas), seja infantilizando a todos por meio da política, do autoritarismo afetuoso, do populismo.
Quando se trata o grosso da população como incapaz, constrói-se um folclore de que seu Guia é capaz de quase tudo. Como se fosse possível uma redenção coletiva pela escravização individual.
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