Diretor do Instituto Vivo
Rio - Tem sido rotina uma discussão que travo com meu filho quando decido que ele deve fazer a lição de casa e se afastar, por um tempo, do complexo universo que ele conecta com seu computador. Não é difícil deduzir que a cena se repete diariamente nas escolas. Chego à conclusão que estamos tornando adversário o parceiro e deixando de lado o essencial: o método didático para uma geração que, em média, por dia, 240 minutos na Internet.
Tecnologia é a única saída? Não necessariamente, conforme demonstrado no evento promovido pelo Instituto Vivo, que reuniu mais de 300 pessoas dedicadas a entender esse momento. O educador José Pacheco nos fez lembrar que é importante ensinar, mas também saber ouvir o aluno.
O outro lado da moeda, também com bons resultados, foi a apresentação de experiências que usam tecnologias nos processos educativos. Alguns exemplos: Leila Pais de Miranda, do projeto “Moleque de ideias”, Eugênio Scannavino Netto, do “Saúde e Alegria”, Lucas Longo, desenvolvedor de aplicativo de educação para iPhone, Wagner Merije, do “Minha Vida Mobiel”, Carlos Alberto Lima, do projeto “Nas Ondas do Rádio”, e Hely Costa, do “Arte-Favela”.
Esse grupo de notáveis demonstrou que o que chamamos de aprendizagem acontece de novas maneiras e não mais somente dentro dos aparelhos escolares. Um jovem, hoje, com acesso à banda larga, consegue aprender muito mais, em muito menos tempo, aquilo que nós, das gerações passadas, levamos anos. A tecnologia pode suprir realmente essa carência. Nada mais favorável para o ensino. Basta entender.
Nenhum comentário:
Postar um comentário